terça-feira, 9 de novembro de 2010

Disse que me disse: Catolicismo/ Modernismo

Ao longo dos séculos, até o período do Renascimento, os templos foram construídos a partir da fé cristã, onde a história da arte e cultura se confunde com a história da arte sacra. Qualquer pessoa que olhe para as esculturas,  gravuras, vitrais e demais imagens sacras percebe a solenidade que emana dos locais, fazendo com que se note o santuário destinado à oração e penitência.
Erguida na Ile de la Cité, no centro do rio Sena, sobre os restos de duas antigas igrejas, por iniciativa do bispo Maurice de Sully, a catedral de Notre-Dame de Paris (ou de Nossa Senhora de Paris), considerada por Victor Hugo como o paradigma das catedrais francesas, estabeleceu o modelo ideal do templo gótico, constituindo um dos exemplos mais equilibrados e coerentes deste período.

Em contraposição a essa arquitetura tão devota e cheia de elementos representativos e porque não dizer contemplativos, difundiu-se a partir da segunda metade do século XX,  a arquitetura modernista ou pós-modernista, que tem como principal precusor na construção de igrejas Le Corbusier (obra da Capela de Notre Dame du Haut). Embora sofra alguns preconceitos, como o tardio reconhecimento da Igreja de São Francisco de Assis, de Oscar Niemeyer, a arquitetura contemporânea agregou patrocinadores, como o próprio Vaticano, que no começo dos anos 90, decidiu construir cinquenta igrejas novas.


Uma delas, a Igreja de Deus Pai Misericordioso em Roma, “encomendada pelo próprio Papa e erguida em Tor Tre Teste, um subúrbio de prédios populares a 10 quilômetros do centro, a Igreja de Deus Pai Misericordioso custou 25 milhões de dólares e levou sete anos para ser concluída. Suas três paredes brancas e curvas parecem enormes velas de um barco – que lembram a Ópera de Sydney, ícone da arquitetura moderna.” Segundo o autor do projeto, o arquiteto Richard Meier, as três conchas simbolizam a Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo e a construção tem como objetivo transmitir um ideal de pureza com muito branco e luz, havendo assim o máximo de aproveitamento da luminosidade solar. A nave principal, com capacidade para 3.000 pessoas, tem 100 metros de comprimento, 27 de altura e área de 5.300 metros quadrados, sem um único pilar atrapalhando a visão dos fiéis. O prédio é feito de concreto armado de cor amarelada que lembra a pintura de adobe das primeiras missões espanholas na região. Diferentemente da praxe nos templos católicos, não é dedicada a um santo, mas diretamente a Deus. Também não exibe a cruz na fachada. Por fim, Meier é o primeiro arquiteto judeu a projetar uma igreja católica.
Fotos divulgaçãoação
BARCO A VELA
Por fora, as paredes curvas de concreto da Igreja de Deus Pai Misericordioso, em Roma, lembram as velas de um barco. Elas simbolizam a Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo. No interior, a grande clarabóia permite aos fiéis enxergar o céu
Emfim, sejam elas góticas ou modernas têm sua beleza indiscutível e papel importante na construção da história das artes e do próprio catolicismo, ambos momentos da arquitetura têm importante papel.
fontes: http://catedraismedievais.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
http://veja.abril.com.br/221003/p_092.html

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