segunda-feira, 4 de outubro de 2010

INHOTIM

A visita ao Centro de Arte Contemporânea Inhotim foi uma nova e rica experiência, acompanhada pelos colegas, aspirantes a arquitetos, pude conhecer várias obras de arte contemporânea, que me chamaram atenção, não somente pela diversificação de temas tratados, mas também pela percepção e reação que cada uma dela nos causa. Como visitamos em grupo, tive a oportunidade de confrontar minhas considerações sobre as obras, com a dos outros integrantes da “turminha”, o que é bem bacana, já que as obras do Inhotim não são auto-explicativas e quase sempre temos que refletir e/ou “viajar” acerca da intenção ou mesmo da despreocupação do artista, frente aos observadores/ visitantes.
A beleza dos jardins é de impressionar, vemos espécies, muitas vezes conhecidas, mescladas em uma “arquitetura’ que valoriza não somente a disposição das plantas como também as curvas e “blocos” de plantas similares que forma. Os jardins, projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx, conta com espécies raras e lagos, ligados por pontes, através das quais deleitamo-nos com a nostalgia do “passar por ali.”
Passeei por sons, formas, texturas, sensações e opiniões diversas, devo mencionar ainda algumas das obras, que me chamaram atenção, como a dos famosos fusquinhas coloridos, dispostos quase numa geometria ordenada que nos remetem a um objeto para apreciar e que nos faz esquecer completamente da caracterização “meio de transporte”.  Outra bastante interessante onde pisamos em cacos de vidro e observados objetos “mudos” e aleatórios que ganham movimento e sons, quando andamos. Confesso ainda, que queria para mim o quartinho de Cildo Meireles, em Desvios para o vermelho, embora muitos o acharam enfadonho.
E por último, que me chamou mais atenção, não sei se pelos meus devaneios de pessoa perdida entre passado e presente, a galeria Cosmococas, de Hélio Oiticica e Neville d’Almeida, bela tanto externa como internamente. A galeria nos transmite uma série de sensações, embora não tenha visitado todas as obras, cometo talvez, o equivoco de dizer que é a mais sensorial de todas. Mesclando exibição de imagens, música de Hendrix e outros artistas, além de redes, espumas e colchões, nos transporta de um cinema, a uma passagem por Woodstock,  até uma brincadeira infantil ou a uma visão crítica (com a idéia deite-se e lixe-se para o mundo). Essa é bem legal, vale a pena conferir.
Engraçado... pela primeira vez senti uma vontade de escrever, escrever e divagar sem fim, por esse blog... SÃO COISAS DE INHOTIM...










Nenhum comentário:

Postar um comentário